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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CLASSE PENSANTE ou CLASSE DOMINANTE?

Na última Revista Veja (Edição 17/11/2010), na seção LEITOR, uma leitora sugere que passemos uma linha para separar “o azul pensante, que faz do Brasil um país melhor” do vermelho “que pensa com o estômago”, e formemos dois países, cada um com o “governo que merece.”

Com todo respeito que a leitora merece ao emitir sua opinião, me assusta um pouco esse pensamento. Hitler também pensava assim. Nós, do sul do país, não somos CLASSE PENSANTE. Se fossemos, não teríamos tirado nossos filhos das escolas públicas e os transferido para escolas particulares, e, sim, exigido do governo uma educação melhor. Com essa atitude “não” pensante, nós, os considerados “CLASSE PENSANTE” conseguimos a proeza de piorar a educação pública, e “mediocrizar” a educação particular, que “só pensa com o bolso”.

Nesta esteira de pensamento, peço que me tirem do “azul pensante” e me incluam no “vermelho que pensa com o estômago”, mesmo residindo em Curitiba.

Nos últimos anos tenho viajado muito. Além de viagens ao exterior, como Alemanha, também estive em Salvador, Fortaleza e região, Maceió, interior de Goiás, na região de Crixás, interior de Minas, na região de Teófilo Otoni, Brasília, em várias cidades de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Algumas dessas viagens foram a passeio e outras a trabalho. Gosto muito de conversar com taxistas, garçons, atendentes de hotel, frentista em postos de gasolina, enfim, gosto de conversar com pessoas, independente de raça ou classe social.

Esse povo “que pensa com o estômago” produz muito, e com alegria. Ando pelas ruas e estradas, principalmente do Nordeste, vejo grandes plantações, vejo prosperidade. Nas cidades, vejo uma diversidade cultural riquíssima, vejo progresso, vejo vida. Sou tratada com cortesia e alegria por todos os “vermelhos”. Não sou discriminada pela minha pele branca, nem por declarar minha residência na região dominada pelo “azul pensante”.

A Presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff merece, no mínimo, nossa torcida, nossas orações, para que faça o governo que atenda a todos nós, os azuis e os vermelhos. Se continuarmos pensando “não votei nela, quero que ela se ferre”, estaremos trabalhando contra o patrimônio. Talvez seja confortável para alguns pensar que, se alguma coisa der errado, “BEM FEITO, NÃO VOTEI NELA”, mas para mim não é. Pensar significa, principalmente, pensar no coletivo, no todo, no bem estar social, e não no particular, no individual, no eu. Isto não é pensar. É egoísmo.

Vejo sim, a classe política por nós eleita tirar proveito do conceito de que o Norte/Nordeste nada produz, apenas se beneficia da produção do Sul/Sudeste. Grande mentira, grande engano. Têm sido plataforma de propaganda política de muitos candidatos, de que há necessidade de investimentos nas regiões menos afortunadas e que os recursos necessários teriam que ser desviados das regiões “ditas” produtoras. Mais uma gigante mentira.

Coitados de nós “classe pensante azul” se não houvesse “o vermelho que pensa com o estômago”. Teríamos que trabalhar dobrado para termos ao nosso dispor, as riquezas de que dispomos hoje. E sem a mesma diversidade cultural.

Joana Rottschaefer, Curitiba/Paraná.


Um comentário:

  1. essa jornalista é petista!! haushausas .. mas se não fossémos nós - os "vermelho que pensa com o estômago" - a ecomonia desse mundo não irira pra frente.... é porque somo os que gastam mais! kkkkk

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