domingo, 4 de julho de 2010
Atravessar
Não sei onde estive
Que deixei
Qual de mim olhar pelos meus olhos
Cegando outros tantos que em mim queriam ver
E colorir a seu modo
Não sei o que perdi
O que ganhei
Cegando visões que em mim se ansiavam quietas
Naquele único que cabia em meus olhos
E ditava as cores do mundo aos outros que não tinham visão, mas viviam na noite de Mim sonhando o mundo.
Não sei se fui cego
Se calei vozes que diriam visões que nublaria o que algum de mim via nítido
Não sei se um homem pode ver tudo e de uma única vez
Não sei se fui quieto, resignado, sábio
Se cumpri o que precisava atravessar
Ou se fechei os outros caminhos
Eu sei que no às vezes, na confusão do tumulto de mim em noites de céu azul
A vida se apressa em viver, o mundo não se obriga a girar
E todas as vozes e gestos e gostos e visões se misturam pedindo vez
Como se o dia não fosse nascer pra tornar a fazê-los dormir
Não sei como olhar através de meus olhos
O dia que amanhece no escuro o silêncio que cala o mundo de mim.
Pedro Barnez
@gerhardonline
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário